quarta-feira, 2 de setembro de 2015

As APPs flutuantes no tempo e no espaço

A Lei proíbe a derrubada de 30m de cada lado de um igarapé ou grota, é o que chamamos de APP (Área de preservação Permanente)
Cursos d’água e áreas altas têm que ser preservados: o objetivo das APPs previstas no Código Florestal é proteger a biodiversidade e os recursos hídricos e evitar a erosão do solo
O Código Florestal atual estabelece como áreas de preservação permanente (APPs) as florestas e demais formas de vegetação natural situadas às margens de lagos ou rios (perenes ou não); nos altos de morros; nas restingas e manguezais; nas encostas com declividade acentuada e nas bordas de tabuleiros ou chapadas com inclinação maior que 45º; e nas áreas em altitude superior a 1.800 metros, com qualquer cobertura ­vegetal.

E quando há ouro embaixo das APP´s???, o garimpeiro vai deixar o ouro lá???

Não, mas o garimpeiro encontrou uma forma de tirar esse ouro sem desobedecer a lei, os garimpeiros passaram a obedecer a lei utilizando outra técnica.

Como é comum ter ouro em baixo da APP original e no leito do igarapé, pois o ouro se concentra mais em baixo do curso d´agua, o garimpeiro abra outo leito numa faixa lateral da várzea com pouco ouro, deixando 30 m de cada lado de floresta nativa original e a APP reaparece milagrosamente, sem ninguém ser capaz depois de um ano e uma estação chuvosa reconhecer a diferença entre a APP original central e a APP recriada lateral.
Afinal, mudança de leito de igarapé ou riacho na Amazônia sempre existiu, só que desta vez, o homem deu um empurrão no tempo e no espaço.





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